Querubim na Bíblia: Quem São e Qual o Seu Papel no Céu

O querubim é uma das figuras mais enigmáticas e fascinantes das Escrituras. Desde os primeiros livros da Bíblia até as visões proféticas, os querubins surgem como seres celestiais de grande poder, simbolizando a presença divina, a santidade e a guarda dos segredos de Deus.

Índice – Direto ao Ponto

Resumo Rápido

O querubim é um ser celestial de grande destaque nas Escrituras, descrito como guardião da presença de Deus e símbolo de santidade. Desde o Éden até as visões proféticas, ele é associado à proteção, adoração e reverência divina.

Principais pontos sobre o querubim:

  • Guardião do caminho da árvore da vida em Gênesis.
  • Representado na arca da aliança como sinal da presença divina.
  • Descrito em Ezequiel com múltiplos rostos e asas.
  • Ligado à pureza, sabedoria e vigilância.
  • Inspirou arte, cultura e simbolismos ao longo da história.

O que é um Querubim?

O querubim é descrito na Bíblia como um ser angelical de elevada posição. Diferente dos anjos mensageiros, sua função está mais ligada à adoração e à guarda dos lugares sagrados. O termo “querubim” vem do hebraico kerub, que pode estar relacionado à ideia de “aquele que abençoa” ou “aquele que intercede”.

Na tradição judaico-cristã, o querubim aparece como um protetor da glória de Deus, sendo frequentemente representado em torno da arca da aliança, do templo e em visões proféticas.

O Querubim no Antigo Testamento

O Querubim em Gênesis

A primeira menção ao querubim está em Gênesis 3:24, quando Deus colocou querubins com espada flamejante para guardar o caminho da árvore da vida após a queda de Adão e Eva. Aqui, eles aparecem como guardiões da santidade e da eternidade.

O Querubim no Tabernáculo e no Templo

No livro do Êxodo, Deus ordena que dois querubins fossem esculpidos sobre a arca da aliança, representando a presença divina no Santo dos Santos. Suas asas estendidas simbolizavam a proteção e a glória de Deus habitando entre o povo.

O Querubim em Ezequiel

O profeta Ezequiel descreve visões impressionantes de querubins (Ezequiel 10), destacando sua aparência majestosa: seres com quatro rostos (homem, leão, boi e águia) e múltiplas asas, cheios de olhos e cercados de fogo. Essa descrição ressalta a força, a inteligência, a vigilância e o poder espiritual desses seres.

Querubim

O Querubim no Novo Testamento

Embora o Novo Testamento fale mais amplamente de anjos e arcanjos, o conceito de querubim também aparece, principalmente em referência ao trono de Deus. Em Hebreus 9:5, Paulo menciona os querubins que cobriam a arca, lembrando ao povo a santidade da presença divina.

No Apocalipse, há seres viventes que compartilham semelhanças com os querubins descritos por Ezequiel, reforçando a ideia de que eles estão diretamente ligados à adoração e ao governo celestial.

Simbolismo do Querubim

O querubim carrega significados profundos que atravessam séculos de fé e tradição:

  • Proteção: guardiões dos lugares santos e da presença de Deus.
  • Adoração: eternos louvadores diante do trono divino.
  • Sabedoria: sua multiplicidade de faces reflete conhecimento e discernimento.
  • Pureza: representam a santidade inatingível e incorruptível.

Onde a Bíblia Fala sobre Querubim

O tema dos querubins aparece em diversos livros bíblicos, sempre ligado à presença de Deus, à adoração e à guarda do sagrado. A seguir, estão os principais trechos que mencionam esses seres celestiais:

Gênesis 3:24

Após a queda de Adão e Eva, Deus colocou querubins com espada flamejante para guardar o caminho da árvore da vida. Aqui eles aparecem como guardiões da santidade e da eternidade.

Êxodo 25:18-22

No tabernáculo, dois querubins de ouro foram colocados sobre a arca da aliança, com asas estendidas cobrindo o propiciatório. Eles simbolizavam a presença de Deus habitando entre o povo.

1 Reis 6:23-28

No templo construído por Salomão, grandes figuras de querubins foram esculpidas em madeira de oliveira e revestidas de ouro, posicionadas no Santo dos Santos.

Ezequiel 10

O profeta descreve uma visão impressionante de querubins, com múltiplos rostos e asas, cheios de olhos e cercados de fogo. Essa passagem é uma das mais detalhadas sobre sua aparência.

Salmo 18:10

O salmista descreve Deus “cavalgando sobre um querubim”, imagem poética que simboliza poder, majestade e movimento divino.

Hebreus 9:5

No Novo Testamento, o autor relembra os querubins que cobriam o propiciatório da arca, conectando a simbologia do Antigo Testamento à fé cristã.

querubim significados

Querubim e Serafim: Diferenças

Muitas vezes confundidos, o querubim e o serafim são seres distintos. O serafim é associado ao fogo e à adoração em Isaías 6, enquanto o querubim aparece mais ligado à guarda e à presença da glória divina. Ambos, no entanto, simbolizam a proximidade com Deus e a sua majestade.

Representações Artísticas do Querubim

Ao longo dos séculos, a figura angelical descrita nas Escrituras foi reinterpretada de diversas maneiras pelas artes visuais. Desde a Idade Média, escultores e pintores começaram a incluir imagens de seres alados em igrejas, vitrais e manuscritos iluminados, reforçando a ideia de que eles eram guardiões do sagrado. Essas representações variavam entre figuras majestosas e imponentes até formas mais delicadas e próximas do imaginário popular.

No período do Renascimento, artistas como Rafael e Michelangelo popularizaram a imagem de pequenos anjos infantis com asas, conhecidos como “putti”. Embora inspirados em tradições bíblicas, esses retratos ganharam um tom mais romântico e afetivo, transmitindo inocência, amor e pureza. Essa versão ainda é uma das mais difundidas em cartões, decorações e obras de arte religiosas.

Com o passar do tempo, estilos diferentes deram novas interpretações a essa figura. No Barroco, por exemplo, esculturas e pinturas trouxeram um ar mais dramático, com expressões intensas e gestos que transmitiam emoção e reverência. Já no Neoclassicismo, a estética voltou-se para um ideal de equilíbrio e harmonia, suavizando a representação desses seres celestiais.

Além das igrejas e museus, a iconografia também encontrou espaço na arte popular e no artesanato. Estatuetas, adornos de madeira e vitrais coloridos mantêm até hoje a tradição de retratar esses guardiões, mesclando religiosidade e estética cultural.

Apesar da difusão de uma imagem mais doce e infantilizada, a descrição bíblica aponta para uma aparência muito mais enigmática e majestosa, repleta de símbolos que vão além da delicadeza. Essa diferença entre o que está nas Escrituras e o que se consolidou nas artes reforça como a cultura molda e ressignifica símbolos espirituais ao longo do tempo.

A figura celestial que aparece nas Escrituras ultrapassou os limites do campo religioso e passou a influenciar diferentes formas de expressão cultural. Na arte clássica do Renascimento, por exemplo, é comum encontrar representações angelicais infantis com asas pequenas, popularmente chamadas de “anjinhos”.

Essas imagens foram inspiradas nas descrições bíblicas, mas ganharam um caráter mais delicado e romântico, associado à ternura e ao amor.

Na literatura, escritores de diversas épocas utilizaram a imagem desses seres para simbolizar a pureza, a inocência e até a guarda de segredos espirituais. Poetas medievais e modernos fizeram referências a eles como guardiões do sagrado, intermediários entre o humano e o divino.

No mundo da música, especialmente em hinos e composições clássicas, sua presença é evocada como representação da majestade celestial, trazendo a ideia de louvor contínuo e proximidade com Deus. Já em canções contemporâneas, muitas vezes aparece como metáfora de inocência ou de uma proteção invisível.

No cinema e em séries, essas figuras também foram adaptadas de maneiras variadas: em algumas produções, retratam seres de luz protetores; em outras, aparecem como criaturas misteriosas, com formas mais próximas das descrições de Ezequiel, despertando fascínio e até temor.

Na cultura popular, portanto, a imagem angelical mistura delicadeza e força. Ao mesmo tempo em que é lembrada como símbolo de inocência e amor, mantém uma aura de reverência, respeito e mistério, preservando a ideia de proximidade com o sagrado e a grandiosidade do mundo espiritual.

Curiosidades sobre o Querubim

  • O querubim é mencionado cerca de 90 vezes na Bíblia.
  • No hebraico bíblico, o plural é querubins, mas no original seria “kerubim”.
  • Eles aparecem tanto em visões proféticas quanto em instruções práticas para o tabernáculo.
  • Muitas tradições rabínicas afirmam que o querubim tem relação com a ordem celestial mais próxima do trono divino.

Perguntas Frequentes

O que significa a palavra querubim?

A palavra querubim significa guardião ou intercessor, sendo usada para designar seres celestiais que guardam e representam a presença divina.

Os querubins são anjos?

Sim, os querubins são uma classe de anjos, mas possuem funções diferentes dos anjos mensageiros. Eles se destacam pela proximidade com a glória de Deus.

Qual a diferença entre querubim e serafim?

O querubim está ligado à guarda e proteção, enquanto o serafim se conecta ao louvor incessante e à purificação pelo fogo.

Onde aparecem os querubins na Bíblia?

Eles aparecem em Gênesis, Êxodo, Ezequiel, Hebreus e Apocalipse, sempre relacionados ao trono e à presença de Deus.

Os querubins têm forma humana?

A Bíblia descreve os querubins com múltiplas faces e asas, sendo uma figura simbólica e espiritual, não limitada à forma humana.

Conclusão

A figura dos querubins atravessa a Bíblia, a tradição religiosa e a cultura ao longo dos séculos, carregando consigo mistério, beleza e profundidade espiritual. Mais do que simples imagens angelicais, eles representam a presença de Deus, a pureza e a reverência diante do sagrado.

Seja nas páginas das Escrituras, nos vitrais de antigas catedrais ou nas artes modernas, sua essência permanece como lembrança de que o divino não está distante, mas próximo e atuante. O estudo dessas representações nos ajuda a compreender não apenas a fé, mas também a forma como diferentes gerações traduziram em símbolos sua busca pelo transcendente.

Assim, refletir sobre o querubins é também refletir sobre a própria relação da humanidade com o mistério, com o sagrado e com a eterna necessidade de proteção e adoração.

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