salmo 136 inicia este artigo lembrando ao leitor que toda jornada de fé floresce quando o coração reconhece a bondade constante de Deus. Ao longo dos séculos, salmo 136 tornou-se um cântico de gratidão indispensável nas liturgias judaicas e cristãs, um refrão que ecoa: “porque a Sua misericórdia dura para sempre”. Este estudo completo mergulha em contexto, poesia, aplicações e, sobretudo, na explicação versículo por versículo que mantém viva a mensagem de salmo 136 na experiência contemporânea.
Salmo 136 Completo
¹ Louvai ao Senhor, porque ele é bom; porque a sua benignidade dura para sempre.
² Louvai ao Deus dos deuses; porque a sua benignidade dura para sempre.
³ Louvai ao Senhor dos senhores; porque a sua benignidade dura para sempre.
⁴ Aquele que só faz grandes maravilhas; porque a sua benignidade dura para sempre.
⁵ Aquele que por entendimento fez os céus; porque a sua benignidade dura para sempre.
⁶ Aquele que estendeu a terra sobre as águas; porque a sua benignidade dura para sempre.
⁷ Aquele que fez os grandes luminares; porque a sua benignidade dura para sempre;
⁸ O sol para governar de dia; porque a sua benignidade dura para sempre;
⁹ A lua e as estrelas para presidirem à noite; porque a sua benignidade dura para sempre;
¹⁰ O que feriu o Egito nos seus primogênitos; porque a sua benignidade dura para sempre;
¹¹ E tirou a Israel do meio deles; porque a sua benignidade dura para sempre;
¹² Com mão forte, e com braço estendido; porque a sua benignidade dura para sempre;
¹³ Aquele que dividiu o Mar Vermelho em duas partes; porque a sua benignidade dura para sempre;
¹⁴ E fez passar Israel pelo meio dele; porque a sua benignidade dura para sempre;
¹⁵ Mas derrubou a Faraó com o seu exército no Mar Vermelho; porque a sua benignidade dura para sempre.
¹⁶ Aquele que guiou o seu povo pelo deserto; porque a sua benignidade dura para sempre;
¹⁷ Aquele que feriu os grandes reis; porque a sua benignidade dura para sempre;
¹⁸ E matou reis famosos; porque a sua benignidade dura para sempre;
¹⁹ Siom, rei dos amorreus; porque a sua benignidade dura para sempre;
²⁰ E Ogue, rei de Basã; porque a sua benignidade dura para sempre;
²¹ E deu a terra deles em herança; porque a sua benignidade dura para sempre;
²² E mesmo em herança a Israel, seu servo; porque a sua benignidade dura para sempre;
²³ Que se lembrou da nossa baixeza; porque a sua benignidade dura para sempre;
²⁴ E nos remiu dos nossos inimigos; porque a sua benignidade dura para sempre;
²⁵ O que dá mantimento a toda a carne; porque a sua benignidade dura para sempre.
²⁶ Louvai ao Deus dos céus; porque a sua benignidade dura para sempre.

Salmo 136 Explicado Versículo por Versículo
Salmo 136:1
Louvai ao Senhor, porque ele é bom; porque a sua benignidade dura para sempre.
Este versículo abre o salmo com um chamado claro à adoração, destacando a bondade essencial de Deus. Ao declarar que Ele é bom, o salmista nos lembra que a natureza divina não muda e que sua bondade é inabalável. A repetição do motivo “sua benignidade dura para sempre” inicia o refrão que será repetido em todos os versículos, ensinando que a misericórdia do Senhor não tem fim.
Salmo 136:2
Louvai ao Deus dos deuses; porque a sua benignidade dura para sempre.
O salmista reconhece a supremacia de Deus sobre qualquer outra autoridade ou divindade. Mesmo que outros povos servissem a deuses pagãos, Israel proclama que só o Senhor é digno de louvor. Sua misericórdia se manifesta justamente ao se revelar como o único verdadeiro Deus, que reina com amor e justiça.
Salmo 136:3
Louvai ao Senhor dos senhores; porque a sua benignidade dura para sempre.
Aqui é reafirmado que Deus é soberano sobre todos os líderes terrenos. Nenhuma autoridade humana ou espiritual está acima do Senhor. O reconhecimento de seu domínio total é seguido, mais uma vez, pela afirmação de sua misericórdia constante, que governa não com tirania, mas com compaixão.
Salmo 136:4
Aquele que só faz grandes maravilhas; porque a sua benignidade dura para sempre.
Deus é o único autor de maravilhas grandiosas, que excedem a capacidade humana. A criação, os milagres e os atos de livramento são todos expressões da sua bondade. O versículo nos convida a lembrar que a fonte de tudo o que é extraordinário e belo provém da eterna misericórdia divina.
Salmo 136:5
Aquele que por entendimento fez os céus; porque a sua benignidade dura para sempre.
A criação dos céus não foi obra do acaso, mas feita com entendimento e sabedoria. Este versículo mostra que Deus é um Criador inteligente, cujas ações são cheias de propósito e beleza. A ordem e a harmonia celeste refletem sua benignidade eterna.
Salmo 136:6
Aquele que estendeu a terra sobre as águas; porque a sua benignidade dura para sempre.
A imagem da terra sendo firmada sobre as águas representa o controle de Deus sobre o caos. No contexto hebraico, águas simbolizam desordem. Ao estabelecer a terra, o Senhor traz estabilidade e segurança, confirmando que sua bondade é a base do mundo habitável.
Salmo 136:7
Aquele que fez os grandes luminares; porque a sua benignidade dura para sempre.
O sol, a lua e as estrelas são descritos como presentes do Criador. Sua função é clara: dar luz, marcar tempos e governar os ciclos da vida. Esses luminares são sinais visíveis da misericórdia que governa o universo com constância e precisão.
Salmo 136:8
O sol para governar de dia; porque a sua benignidade dura para sempre.
A luz solar é uma expressão diária da bondade divina. Ela aquece, ilumina, produz alimento e sustenta a vida. A rotina do nascer do sol reafirma a fidelidade de Deus, que com amor renova a cada manhã suas misericórdias.
Salmo 136:9
A lua e as estrelas para presidirem à noite; porque a sua benignidade dura para sempre.
Durante a escuridão, a criação não é abandonada. A lua e as estrelas asseguram presença, direção e beleza. Este versículo reforça que mesmo nos momentos de sombra, a misericórdia de Deus permanece atuante e cuidadosa.
Salmo 136:10
O que feriu o Egito nos seus primogênitos; porque a sua benignidade dura para sempre.
Esse versículo recorda o juízo sobre o Egito, que marcou o início da libertação de Israel. A misericórdia de Deus aqui se expressa na defesa do oprimido e na ação contra o mal. Mesmo atos duros são sinais de seu amor pelos justos.
Salmo 136:11
E tirou a Israel do meio deles; porque a sua benignidade dura para sempre.
A libertação de Israel do Egito é um marco definitivo da bondade divina. O Senhor intervém na história para salvar seu povo, reafirmando seu pacto de cuidado e fidelidade. A saída do Egito é um dos maiores testemunhos da sua misericórdia.
Salmo 136:12
Com mão forte, e com braço estendido; porque a sua benignidade dura para sempre.
A imagem do braço estendido representa poder e proximidade. Deus age com força, mas também com intimidade. Ele não apenas observa, mas entra na história para proteger e conduzir. Essa força é movida por sua misericórdia eterna.
Salmo 136:13
Aquele que dividiu o Mar Vermelho em duas partes; porque a sua benignidade dura para sempre.
O milagre do Mar Vermelho é símbolo de libertação impossível. Deus rompe barreiras naturais por amor ao seu povo. Esse ato extraordinário não foi só poder, mas expressão direta da bondade que nunca falha.
Salmo 136:14
E fez passar Israel pelo meio dele; porque a sua benignidade dura para sempre.
Não basta abrir o caminho; Deus também guia com segurança. O povo passou sem afundar nem se perder. A travessia é metáfora de como a misericórdia de Deus não apenas inicia libertações, mas as conduz até o fim.
Salmo 136:15
Mas derrubou a Faraó com o seu exército no Mar Vermelho; porque a sua benignidade dura para sempre.
O julgamento sobre Faraó mostra que a bondade divina também se manifesta em justiça contra o opressor. Ao derrotar o exército egípcio, Deus protegeu os indefesos e mostrou que sua misericórdia defende com firmeza.
Salmo 136:16
Aquele que guiou o seu povo pelo deserto; porque a sua benignidade dura para sempre.
O deserto é símbolo de provação. Mesmo nesse ambiente hostil, Deus não abandonou seu povo. Ele guiou com nuvem e fogo, deu alimento e água. Isso mostra que a misericórdia não se limita a livramentos, mas acompanha em cada etapa.
Salmo 136:17
Aquele que feriu os grandes reis; porque a sua benignidade dura para sempre.
Aqui se destaca a fidelidade de Deus em eliminar obstáculos ao seu povo. Reis poderosos não foram páreo para a promessa divina. Isso reafirma que a misericórdia também age em favor da justiça histórica e da proteção coletiva.
Salmo 136:18
E matou reis famosos; porque a sua benignidade dura para sempre.
A fama e o poder dos inimigos não impediram a ação divina. Eles caíram diante do amor fiel do Senhor por Israel. Cada vitória é sinal de que a misericórdia não conhece limites diante dos desafios.
Salmo 136:19
Siom, rei dos amorreus; porque a sua benignidade dura para sempre.
Siom representa as forças que tentaram impedir a entrada de Israel na Terra Prometida. Deus derrotou esse rei para cumprir suas promessas. A misericórdia que preserva os fiéis também remove os empecilhos.
Salmo 136:20
E Ogue, rei de Basã; porque a sua benignidade dura para sempre.
Mais um inimigo é citado com nome. Isso mostra como Deus age em situações reais, históricas e concretas. Ogue foi vencido porque o amor de Deus é mais forte que qualquer força opositora.
Salmo 136:21
E deu a terra deles em herança; porque a sua benignidade dura para sempre.
As terras conquistadas tornaram-se herança de Israel. Isso simboliza o cumprimento de promessas feitas séculos antes. A fidelidade de Deus se revela na entrega de bênçãos duradouras, fruto de sua misericórdia.
Salmo 136:22
E mesmo em herança a Israel, seu servo; porque a sua benignidade dura para sempre.
Israel é chamado de servo, mostrando sua missão diante do Senhor. A herança não é apenas um dom, mas uma responsabilidade. A misericórdia que entrega também chama à obediência.
Salmo 136:23
Que se lembrou da nossa baixeza; porque a sua benignidade dura para sempre.
A lembrança da “baixeza” revela que Deus não se esquece dos humildes. Ele visita os pequenos e os levanta. A misericórdia do Senhor alcança os que são esquecidos por todos, mas lembrados por Ele.
Salmo 136:24
E nos remiu dos nossos inimigos; porque a sua benignidade dura para sempre.
O resgate dos inimigos é mais uma prova de fidelidade. Deus não permite que os seus sejam destruídos. Sua misericórdia protege, liberta e restaura com poder.
Salmo 136:25
O que dá mantimento a toda a carne; porque a sua benignidade dura para sempre.
Deus não apenas cuida de Israel, mas de toda a criação. Ele alimenta homens e animais, sustentando com generosidade. Sua misericórdia é abrangente, alcançando cada ser vivo com provisão.
Salmo 136:26
Louvai ao Deus dos céus; porque a sua benignidade dura para sempre.
O salmo termina como começou: com um chamado à adoração. Agora, Deus é exaltado como Senhor dos céus, soberano sobre tudo. A conclusão confirma que tudo o que existe é sustentado por seu amor imutável.

A Origem Histórica de salmo 136
salmo 136 provavelmente foi entoado no Segundo Templo, acompanhando procissões festivas que celebravam colheitas, libertações nacionais e marcos da história de Israel. Seu formato responsorial, no qual o líder proclama as ações divinas e a assembleia responde “porque a misericórdia dura para sempre”, reforça a ideia de memória coletiva. Esse padrão mostra como o salmo de louvor recorda atos salvíficos desde a criação até a herança da Terra Prometida.
Nos dias de Esdras e Neemias, quando o povo buscava identidade após o exílio, salmo 136 serviu como âncora de esperança. A repetição do refrão ajudava analfabetos a gravar na mente as obras do Altíssimo, transformando a liturgia num manual de história sagrada. Ao estudarmos hoje, descobrimos que salmo 136 não é apenas um documento antigo, mas um lembrete poderoso para nunca relegar ao esquecimento os feitos que moldam nossa caminhada espiritual.
Estrutura Literária e Estilo Poético
O texto se divide nitidamente em 26 versos, cada um terminando com o refrão fixo. Essa cadência intencional faz de salmo 136 um hino de louvor que une narrativa e poesia. O salmista segue uma progressão teológica:
- Criação – Deus como autor dos céus, da terra e dos luminares.
- Libertação – Êxodo e juízos sobre o Egito.
- Condução – Jornada pelo deserto, abertura do Mar Vermelho.
- Conquista – Derrota de reis adversários e posse de Canaã.
- Provisão Contínua – Sustento universal que abrange toda criatura.
Esse arranjo demonstra que a misericórdia divina permeia cada esfera da existência. A repetição do refrão cria um efeito antifonal que incentiva a participação pública, e o leitor moderno pode reproduzir esse formato em grupos familiares ou estudos bíblicos, fortalecendo a convivência comunitária.
O Refrão “Porque a Sua Misericórdia Dura Para Sempre”
Nenhuma expressão define melhor salmo 136 do que a afirmação de que a graça de Deus é interminável. O termo hebraico chesed testemunha a “bondade leal” que não depende do mérito humano. A cada recordação histórica, o salmo conclui que o favor divino permanece inalterado. Isso produz uma teologia prática: se o Senhor agiu no passado e Sua compaixão é inquebrável, Ele será igualmente fiel no presente.
A insistência no refrão transforma salmo 136 em um salmo de ações de graças acessível a qualquer geração. A meditação diária nessa frase pode reconfigurar emoções, afastar ressentimentos e cultivar um espírito de contentamento. Toda vez que nos lembramos das obras de Deus, somos convidados a ecoar: “porque a Sua misericórdia dura para sempre”.
Comparações com Outros Salmos de Gratidão
Embora salmo 136 compartilhe temas com salmos 105 e 106, seu caráter responsorial o singulariza. Enquanto salmo 105 foca na fidelidade da aliança e salmo 106 destaca falhas humanas, salmo 136 intercala feitos divinos com o refrão da misericórdia, criando ritmo inclusivo. Esse contraste revela que cada salmo de louvor possui ênfases complementares, e o leitor que integra essas peças ganha quadro mais ampliado da pedagogia bíblica sobre gratidão contínua.
Aplicações Práticas de salmo 136 Hoje
- Cultivar Memória Agradecida
Recitar salmo 136 em reuniões familiares ou devocionais pessoais ajuda a reforçar narrativas de gratidão, criando atmosfera de esperança. - Combater Reclamação
Ao substituir queixas pelo refrão do salmo, formamos hábito de reconhecer a mão divina nas pequenas vitórias diárias. - Fortalecer Comunidades de Fé
Igrejas podem adotar o formato antifonal para leituras congregacionais, realçando a participação ativa de crianças, idosos e novos convertidos. - Planejar Celebrações Temáticas
Datas comemorativas podem incluir leituras responsoriais de salmo 136, conectando eventos atuais ao pano de fundo bíblico. - Inspirar Arte e Música
Compositores encontram em salmo 136 um cântico litúrgico pronto para novas melodias, ampliando o alcance de sua mensagem para públicos variados.
Perguntas de Reflexão
- De que maneiras posso registrar ações divinas diárias e ecoar o refrão de salmo 136?
- Como a lembrança da criação descrita em salmo 136 afeta minha visão de cuidado ambiental?
- Que libertações pessoais se assemelham ao êxodo narrado em salmo 136?
- Como posso compartilhar com outros as conquistas relatadas no salmo, aplicando‐as a desafios coletivos?
- Quais hábitos devo desenvolver para reagir a toda bênção declarando que a misericórdia de Deus é eterna?

FAQ sobre salmo 136
Qual é o propósito litúrgico de salmo 136?
A função principal é conduzir assembleias a recitar a história da salvação responsivamente, reforçando memória coletiva e gratidão.
Por que o refrão se repete vinte e seis vezes?
Para fixar a teologia da misericórdia eterna, ensinar participação ativa e unir gerações em uma única declaração de fé.
Como aplicar salmo 136 em devocionais pessoais?
Leia cada ação divina e responda com o refrão, substituindo exemplos bíblicos por eventos de sua vida, criando narrativa personalizada de gratidão.
Salmo 136 pode ser usado na educação infantil?
Sim. O ritmo repetitivo facilita a memorização e a compreensão de conceitos como bondade e fidelidade, essenciais para formação espiritual de crianças.
Existe conexão entre salmo 136 e o Novo Testamento?
Sim. O tema da misericórdia perpétua encontra paralelo em passagens como Lucas 1:50, onde Maria celebra a compaixão que se estende “de geração em geração”.
Conclusão
Ao percorrer cada verso e refletir sobre contexto, poesia e aplicações, percebemos que salmo 136 transpira esperança ininterrupta. Sua estrutura responsorial transforma experiências individuais em louvor comunitário, e o refrão imutável ensina a enxergar misericórdia em toda circunstância. Quando recitamos salmo 136 hoje, unimo-nos a uma corrente milenar de adoradores que testemunham: a bondade do Senhor nunca falha, e Sua compaixão sustentará todas as futuras gerações.
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