A palavra gentios é uma das mais significativas das Escrituras. Ela aparece em contextos que envolvem povos, alianças, promessas e salvação. Desde o Antigo Testamento até o Novo, os gentios representam todos aqueles que não pertenciam à nação de Israel — os povos estrangeiros, as “nações”.
Com o passar do tempo, o termo gentios passou a simbolizar todos os povos alcançados pela graça divina através de Jesus Cristo. Compreender quem eram os gentios é essencial para entender o plano de Deus para toda a humanidade.
Índice – Direto ao Ponto
Resumo Rápido
Na Bíblia, o termo gentios se refere a todos os povos que não pertenciam a Israel. Eram as nações estrangeiras, fora da aliança judaica, mas que também foram incluídas no plano de salvação através de Jesus Cristo.
A partir do Novo Testamento, os gentios representam a expansão do Evangelho para o mundo todo, mostrando que a graça de Deus é universal — alcança todos os povos, sem distinção de origem, raça ou cultura.
O significado bíblico da palavra gentios
Na Bíblia, a palavra gentios vem do hebraico goyim e do grego ethnos, ambos com o sentido de “nações” ou “povos”.
Em resumo:
Hebraico: Goyim – povos estrangeiros ou não israelitas
Grego: Ethnos – grupos étnicos, povos, culturas
Tradução cristã: todos os não judeus
No Antigo Testamento, Israel era o povo separado por Deus. Já os gentios eram vistos como estrangeiros — não porque Deus os rejeitasse, mas porque ainda não conheciam Sua aliança. O propósito divino sempre foi incluir os gentios no Seu plano de salvação.
Os gentios no Antigo Testamento
Desde os primeiros livros bíblicos, os gentios aparecem em diversas narrativas. Embora houvesse distinção entre Israel e as outras nações, Deus sempre mostrou compaixão por aqueles que buscavam a verdade.
Exemplos marcantes de gentios alcançados por Deus
Rute, a moabita, tornou-se parte da linhagem de Jesus
Raabe, de Jericó, creu no Deus de Israel e foi salva
Nínive, uma cidade gentia, arrependeu-se após ouvir Jonas
Naamã, o sírio, reconheceu o poder do Senhor após ser curado
Esses exemplos mostram que a graça divina nunca esteve restrita a Israel. Deus usou os gentios para revelar Sua misericórdia e Seu desejo de alcançar todos os povos.
A promessa de Deus aos gentios
Muito antes da vinda de Cristo, Deus já havia prometido que os gentios fariam parte do Seu povo.
Passagens que revelam essa promessa
Gênesis 12:3: “Em ti serão benditas todas as famílias da terra.”
Isaías 49:6: “Também te dei como luz para os gentios, para seres a minha salvação até à extremidade da terra.”
Salmos 67:2: “Para que se conheça na terra o teu caminho, entre todas as nações a tua salvação.”
Esses textos mostram que, desde o início, o plano de Deus era universal. A escolha de Israel não foi excludente, mas estratégica: por meio dele, os gentios também conheceriam o Deus verdadeiro.

Os gentios no Novo Testamento
Com a chegada de Jesus Cristo, o significado de gentios mudou radicalmente. O Messias rompeu as barreiras religiosas e étnicas que separavam judeus e estrangeiros.
Como Jesus tratou os gentios
Curou o servo do centurião romano, elogiando sua fé
Falou com a mulher samaritana, revelando-se como o Messias
Elogiou a fé da mulher cananeia, dizendo: “Grande é a tua fé.”
Ensinou que o Evangelho seria pregado a todas as nações
Esses gestos mostravam que o amor de Deus era inclusivo. Em Cristo, os gentios foram convidados a fazer parte do Reino dos Céus.
A missão dos apóstolos entre os gentios
Depois da ascensão de Jesus, o Espírito Santo guiou os apóstolos para levar o Evangelho aos gentios. O marco dessa missão aconteceu quando Pedro recebeu uma visão divina mostrando que Deus não faz acepção de pessoas.
Momentos decisivos da evangelização dos gentios
- Pedro e Cornélio: Cornélio, um centurião gentio, recebeu o Espírito Santo
- Concílio de Jerusalém: os apóstolos confirmaram que os gentios poderiam seguir a Cristo sem adotar todos os costumes judaicos
- Paulo, o apóstolo dos gentios: viajou por cidades como Éfeso, Corinto e Filipos, levando o Evangelho a novos povos
A missão entre os gentios consolidou o cristianismo como uma fé global, aberta a todos.
Diferença entre judeus e gentios
A principal diferença era a aliança com Deus. Os judeus eram descendentes de Abraão e guardavam a Lei de Moisés; os gentios, por outro lado, viviam fora dessa aliança.
Contudo, com Cristo, essa separação foi abolida. Em Efésios 2:14, Paulo diz: “Cristo é a nossa paz, o qual de ambos fez um.” Agora, a fé — e não a origem — é o que define quem pertence ao povo de Deus.
Assim, tanto judeus quanto gentios tornaram-se parte da mesma promessa.
Gentios e a nova aliança em Cristo
A nova aliança é o coração da mensagem cristã. Por meio do sacrifício de Jesus, todos os povos — inclusive os gentios — podem se reconciliar com Deus.
O que isso significa espiritualmente
O muro que separava foi derrubado
A salvação não depende da descendência, mas da fé
Todos têm acesso direto a Deus por meio de Cristo
A partir dessa aliança, os gentios foram enxertados na árvore espiritual de Israel, tornando-se filhos do mesmo Pai.
Os gentios nas profecias bíblicas
Os profetas anunciaram com clareza que os gentios seriam alcançados pela luz divina.
Textos proféticos sobre a salvação dos gentios
Isaías 60:3: “E as nações caminharão à tua luz.”
Malaquias 1:11: “Desde o nascente do sol até o poente, o meu nome será grande entre os gentios.”
Apocalipse 7:9: “Uma grande multidão de todas as nações e tribos… diante do trono e do Cordeiro.”
Essas profecias mostram que o plano de Deus sempre foi global — e que o Evangelho cumpriu exatamente isso.

A importância dos gentios na expansão do cristianismo
Os gentios foram fundamentais para que o Evangelho se espalhasse. Após as primeiras conversões, cidades inteiras se tornaram centros missionários.
Contribuições dos gentios
Fundaram igrejas em Roma, Antioquia e Filipos
Ajudaram a traduzir as Escrituras para outras línguas
Levaram o cristianismo a novas culturas e continentes
Sem os gentios, o Evangelho não teria alcançado o mundo todo. Eles são símbolo da graça que se estende a todos os povos.
Lições espirituais que os gentios nos ensinam
A história dos gentios revela grandes verdades espirituais:
- Deus não faz distinção entre pessoas
- A fé é o elo que une toda a humanidade
- A salvação é universal
- O amor divino é inclusivo e transformador
Essas lições lembram que o Reino de Deus é um lugar de unidade, não de divisão.
Perguntas frequentes sobre os gentios
O que são os gentios segundo a Bíblia?
Na Bíblia, gentios é o termo usado para designar todos os povos que não faziam parte da nação de Israel. A palavra vem do hebraico goyim e do grego ethnos, ambos significando “nações” ou “povos”.
Para os judeus, os gentios eram estrangeiros, fora da aliança estabelecida por Deus com Abraão. No entanto, desde o Antigo Testamento, Deus já demonstrava o desejo de alcançar os gentios com Sua graça, prometendo que “todas as famílias da terra” seriam abençoadas por meio da fé.
No Novo Testamento, o termo ganha um novo significado: os gentios são parte do plano de salvação em Cristo, recebendo o mesmo amor, perdão e promessa eterna oferecidos a Israel.
Quem eram os gentios na Bíblia?
Os gentios eram todos os povos não judeus, ou seja, aqueles que não pertenciam à linhagem de Abraão, Isaque e Jacó. Eram as nações que viviam fora da lei mosaica e seguiam costumes e religiões próprias.
Entre os exemplos de gentios mencionados nas Escrituras estão os romanos, gregos, samaritanos, sírios, babilônios e outros povos vizinhos de Israel.
Mesmo sendo considerados estrangeiros, muitos gentios demonstraram fé no Deus verdadeiro — como Rute, a moabita, e Cornélio, o centurião romano. Esses personagens mostram que o amor de Deus não tem fronteiras e que a fé é o verdadeiro elo entre o Criador e a humanidade.
O que Jesus diz sobre os gentios?
Jesus quebrou barreiras religiosas ao ensinar que o Reino de Deus seria aberto também aos gentios.
Durante Seu ministério, Ele curou o servo de um centurião romano, falou com a mulher samaritana e elogiou a fé de uma mulher cananeia — atitudes impensáveis para a cultura judaica da época.
Em várias passagens, como em Mateus 28:19, Jesus ordena: “Ide e fazei discípulos de todas as nações.” Essa expressão — “todas as nações” — inclui diretamente os gentios.
Assim, o próprio Cristo revelou que a salvação é universal, e que a mensagem do Evangelho deve alcançar cada povo e cultura, sem exceções.
Qual o significado de “gentios”?
A palavra gentios significa “nações” ou “povos” e era usada para descrever os estrangeiros em relação a Israel. Com o tempo, o termo passou a representar todas as pessoas fora da aliança judaica, mas que, pela fé em Cristo, podem ser integradas ao povo de Deus.
Em sentido espiritual, gentios simboliza a inclusão de todos os povos na promessa divina, mostrando que a graça não é limitada por origem ou tradição.
O conceito resume uma das maiores verdades do cristianismo: Deus deseja salvar toda a humanidade, tanto judeus quanto gentios, unidos em uma mesma fé por meio de Jesus Cristo.
Conclusão
Os gentios são parte essencial do plano de Deus. Sua inclusão nas promessas divinas mostra que o amor do Criador não tem fronteiras. Desde as antigas profecias até o Novo Testamento, vemos o cumprimento da vontade de Deus em unir judeus e gentios em uma só família espiritual.
Hoje, cada pessoa que crê em Cristo é herdeira dessa mesma promessa. O Reino de Deus está aberto para todos, e o convite continua ecoando: “Vinde a mim, todos os povos, todas as nações.”
LEIA TAMBÉM:
- Salmo 44: Clamor, Memória e Confiança em Deus
- Salmo 43: Uma Reflexão Profunda Sobre Justiça e Esperança em Deus
- Salmo 41: Uma Reflexão Profunda Sobre Misericórdia
NOS SIGA NO FACEBOOK
Espero que tenha gostado